Um estudo publicado demonstrou que o medicamento, chamado ELAGOLIX diminui efetivamente a perda de sangue durante a menstruação e causa altas taxas de amenorreia (ausência de sangramento).

A pesquisa foi aplicada em 433 mulheres que tiveram miomas e fluxo intenso por 12 meses durante 2,5 anos.

Um dos pontos fortes do estudo é que 67% das mulheres que participaram eram negras. Elas possuem taxas mais altas de miomas uterinos, por isso sua inclusão nesta pesquisa é tão importante.

Houve a comparação de dois grupos de mulheres por um ano: um grupo recebeu apenas elagolix e o outro elagolix com estradiol e acetato de noretindrona (“terapia de reposição”). Como o elagolix suprime a liberação hormonal de estrogênio e progesterona, pode causar ondas de calor, suores noturnos e diminuição da densidade mineral óssea (um marcador que indica perda óssea) que pode predispor as pacientes a fraturas ósseas.

Em teoria, a terapia pode diminuir o risco dos efeitos adversos apresentados.

Para o grupo que ingeriu elagolix com terapia de reposição (add-back), os pesquisadores puderam constatar no período de 12 meses as seguintes mudanças:

Quase 90% das mulheres tiveram a perda de sangue reduzida em comparação com a perda que ocorria antes de iniciar a ingestão do medicamento, uma redução de pelo menos 50%.

64% das pacientes que fizeram uso do elagolix com terapia de reposição não menstruaram.

Entre as mulheres que apresentavam anemia no início do estudo, quase 73% obtiveram uma melhora significativa no hemograma.

O tamanho do útero também diminuiu, embora o tamanho dos miomas não tenha reduzido.

Link: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7253187/